O que é MTBF e como usá-lo a favor da sua empresa? - uMov.me

O que é MTBF e como usá-lo a favor da sua empresa?

O MTBF é um dos indicadores mais importantes de manutenção na prestação de serviços. Mas como ele funciona? E você sabe calculá-lo? Hoje vamos tirar todas as dúvidas sobre o assunto. Confira!

O que é MTBF? É diferente de MTTR? O que são métricas? Elas realmente fazem a diferença?

Essas são perguntas comuns em um mundo cada vez mais dominado e pensado a base de dados. Mas não se assuste! 

Os cálculos de MTBF e MTTR vieram para ajudar a sua empresa, da gestão à equipe, a trabalhar com qualidade, segurança e agilidade.

Neste artigo, vamos ajudar a entender o que é MTBF, sua importância, como calculá-lo e como ele auxilia no dia a dia dos profissionais que trabalham com Ordem de Serviço (OS), entre outras questões.

MTBF: o que é mean time between failures?

Emprestada do inglês, a sigla MTBF significa “Mean Time Between Failures” (em tradução livre, “Tempo Médio Entre Falhas”). Trata-se, basicamente, do tempo médio entre as interrupções do sistema.

O MTBF é uma métrica de manutenção crucial para medir o desempenho, a segurança e a confiabilidade de sistemas e equipamentos, sejam eles máquinas ou sistemas.

Também é metade da fórmula usada para calcular a disponibilidade, junto com o tempo médio de reparo (MTTR). 

A fórmula do MTBF usa apenas manutenção não planejada e não leva em consideração a manutenção programada, como inspeções, recalibração ou substituição preventiva de peças.

Qual a importância do MTBF?

Falhas de equipamentos e sistemas representam um problema. Logo, a melhor forma de resolver a situação, é conhecendo-a tanto quanto possível.

Calcular o MTBF é uma forma de obter mais informações sobre a falha em questão e reduzir seu impacto ou, é claro, evitar falhas futuras

A realização de uma análise de MTBF ajuda sua equipe de manutenção a reduzir o tempo de inatividade enquanto economiza recursos e trabalha com mais rapidez.

Quando aliado com outras formas de controle e organização, como ordem de serviço e relatórios de serviço e de visita técnica, o MTBF torna-se ainda mais eficiente.

5 benefícios do MTBF

Você já deve ter entendido alguns dos benefícios de se calcular o MTBF no item anterior. Mas agora, que tal nos aprofundarmos um pouco mais no assunto?

Otimização do cronograma de manutenções

O cálculo do MTBF de um equipamento fornece informações cruciais para maximizar o cronograma de manutenções preventivas da sua empresa.

Saber aproximadamente com que frequência determinado equipamento falha permite agendar essas manutenções antes que a situação atinja um ponto crítico.

Ou seja, torna-se mais fácil evitar a falha e os custos decorrentes de um reparo caso o equipamento chegasse a quebrar de fato.

Gerenciamento de processos e equipamentos

O gerenciamento dos seus equipamentos também pode ser otimizado por meio do cálculo do MTBF.

Ao saber aproximadamente quanto tempo há disponível antes de um equipamento falhar, é possível organizar a compra de estoque de mercadoria, por exemplo. 

Isso significa deixar algumas quantidades mínimas prontas antes da falha prevista, assim seria possível cumprir os prazos de entrega.

Além disso, ao saber quando o seu equipamento irá falhar e, até mesmo, qual a falha mais frequente, já é possível encomendar peças para substituição das antigas. 

Assim, você resolve o problema mais rápido e a sua equipe pode retornar ao uso normal do equipamento.

Controle de qualidade

Todas as vantagens trazidas pelo cálculo do MTBF possibilitam um controle de qualidade mais rígido.

Através dele fica mais fácil padrões em equipamentos e sistemas que apresentam problemas de maneira recorrente e, assim, direcionar os investimentos para produtos de marcas mais confiáveis, ou seja, que estraguem menos, ou até para produtos da mesma marca, mas de maior qualidade.

Além disso, a métrica fornece dados sobre a conservação e efetividade de um sistema ou máquina. Ou seja, gerando a possibilidade de, não apenas prever manutenções, mas também de orientar a equipe quanto ao uso mais consciente do equipamento.

Decisões mais assertivas

O cálculo do MTBF ajuda a sua empresa a identificar os motivos e a frequência de problemas com o equipamento.

Com essa informação em mãos, a sua equipe está apta a tomar decisões mais assertivas para corrigir as causas e melhorar os resultados, evitando que a produção fique parada por conta de uma máquina estragada.

A geração de dados estratégicos como esse é a base do que se identifica como cultura data driven, uma tendência em empresas de diversos segmentos.

Credibilidade com o cliente

A qualidade de produtos e serviços e o uso de equipamentos seguros gera credibilidade com o consumidor.

Com uma produção eficiente e ágil, capaz de trabalhar dentro do prazo estabelecido, aumenta a satisfação do cliente e, por consequência, a taxa de fidelização da empresa.

E todo mundo quer um cliente que volta sempre, certo?

Conceitos a considerar para cálculo do MTBF

A base para esse entendimento vem da metodologia TPM – Gestão Produtiva Total e que vamos esclarecer. 

A confusão começa a partir de alguns números que devemos considerar para o cálculo, ou seja, as horas efetivamente trabalhadas, o número de falhas ocorridas e o tempo real de reparo.

Veja a seguir:

Horas disponíveis

A primeira confusão aparece quando ocorre o cálculo do MTBF, no valor de horas, entre a previsão de horas e horas efetivamente trabalhadas como fator de produtividade. 

Os dois são conceitos distintos, mas na fórmula deve-se usar exclusivamente as horas trabalhadas.

Horas trabalhadas

Esse termo quer dizer que já foram expurgadas todas as horas que efetivamente a máquina ou equipamento não trabalhou, ficou parado.

Aqui são contabilizadas todas aquelas horas que foram previstas, só que com valores exatamente das ocorrências de paradas e não as previsões.

Aqui reside um problema: quando esse número for coletado para realizar os cálculos, é necessário prestar atenção se já foram contabilizadas as horas da corretivas. 

Se sim, não faz sentido subtrair novamente o valor para o cálculo. 

Por isso, lembre-se que é preciso muita atenção, para analisar todos os dados e  saber exatamente o que considerar. 

O que considerar como número de falhas?

Nesse ponto temos muitos fatores que precisamos considerar e que devem estar claros para a equipe da manutenção na hora do cálculo do MTBF

O primeiro passo é definir o que realmente consideramos como falha/quebra. A metodologia TPM considera uma quebra, onde o equipamento fica parado por pelo menos 10 minutos.

Se for abaixo disso, chamamos de pequenas paradas que podem ser contabilizadas separadamente ou mesmo como baixa velocidade. 

Outro fator importante para se definir, é que as paradas por conta da corretiva devem ser por problemas efetivamente da manutenção.

É fundamental que não se considere paradas por: problemas de quedas de energia, falhas operacionais, baixa qualidade de matéria prima e insumos, etc. 

Tempo total de reparo

Outro fator relevante é como o total de uma parada em corretiva é considerado. Devo considerar o tempo total desde o início da parada até a volta da máquina em ritmo normal de produção? Muitas vezes, isso pode mascarar outro problema. Por exemplo: 

Uma máquina parou às 10 horas por problemas elétricos, a Manutenção foi avisada 30 minutos depois, ao se deparar com o reparo precisou de um item, mas perdeu 2 horas aguardando providências do almoxarifado, que não tinha o componente e precisou acionar a área de suprimentos para comprar em caráter de urgência. Só as 14hrs foi possível concluir o reparo e liberar a máquina. Para trinta minutos depois, iniciar a máquina novamente. 

Ou seja, desde a parada efetiva da máquina até o seu retorno de produção, foram 4:30h de paralisação. 

Agora temos as seguintes perguntas: qual tempo de parada em corretiva devo considerar para o cálculo do MTBF? Esse total de horas são efetivamente de reparo da manutenção? 

O reparo só foi realizado 1:30h. Então, fica evidente que quando consideramos as 4:30h de paralisação total, estaremos penalizando a manutenção, é uma máscara para outros problemas que precisam ser analisados e corrigidos.

Como calcular o MTBF?

Para calcular o MTBF, divide-se o tempo total de funcionamento pelo número de falhas que ocorreram relativas ao mesmo período. O MTBF é geralmente medido em horas.

Portanto, temos:

MTBF = tempo total de funcionamento ÷ número de falhas

Lembre-se: é importante que ambos os valores sejam relativos ao mesmo período de tempo. Como, por exemplo, 400 horas de funcionamento e o número de falhas nesse tempo.

O objetivo é obter um valor alto. Quanto maior for o valor do MTBF, melhor o equipamento consegue operar sem falhas pelo maior período de tempo.

Exemplo de cálculo

Vamos pensar no seguinte exemplo: um dos equipamentos da sua empresa opera 1.000 horas no ano. Ao longo deste ano, o equipamento falhou ou quebrou 10 vezes. Portanto, o MTBF para aquele equipamento é de 100 horas.

Para obter uma medida precisa do MTBF, procure coletar dados do desempenho real do equipamento. Além disso, é preciso ter em mente que cada sistema opera em circunstâncias diferentes e é, portanto, influenciado por fatores distintos.

Esses fatores podem envolver design, montagem, manutenção e outros. Por isso, faça o seu cálculo com base na situação real do equipamento.

MTBF e MTTR: qual a diferença?

Enquanto o MTBF refere-se ao tempo médio entre falhas, ou seja, ao quanto o equipamento vem falhando em determinado período de tempo, o MTTR (Mean Time to Repair) refere-se ao tempo médio de reparo.

O MTTR diz respeito ao tempo médio necessário para reparar um sistema. Isso inclui o tempo de reparo e de teste, se necessário. O relógio só para quando o sistema estiver totalmente funcional outra vez!

Na prestação de serviços, essa métrica é usada como uma informação de base para aumentar a eficiência, encontrar maneiras de reduzir o tempo de inatividade não planejado e impulsionar os resultados financeiros.

Afinal, longos tempos de reparo para equipamentos podem significar pedidos perdidos e relacionamentos de negócios prejudicados.

Importância dos indicadores de manutenção

Fazer o cálculo do MTBF é importante para empresas que utilizam máquinas e sistemas, ou seja, que precisam estar de olho na manutenção o tempo todo.

Isso porque um equipamento parado ou que requer muitos recursos para seu reparo com muita frequência pode atrasar a produção, ter altos custos, causar a insatisfação do cliente e problemas de segurança para a equipe.

A prevenção é sempre a melhor forma de evitar prejuízos já que este tipo de manutenção costuma ter custos mais baixos e causar menos problemas com relação a atrasos.

Muitas empresas inclusive já estão usando tecnologia para alcançar uma melhor gestão das manutenções ou sistemas de ordem de serviço.

Um exemplo é o aplicativo de Ordem de Serviço da uMov.me. Disponível tanto para desktop quanto para dispositivos móveis, a solução une praticidade e eficiência em uma única plataforma no-code, completa e fácil de usar.

Além de incluir funcionalidades como roteirização, planejamento, comprovação e acompanhamento, o aplicativo também permite realizar checklist inteligente de execução das atividades, gestão da operação à distância e comunicação com a equipe.

Tudo isso enquanto conversa com outros softwares já usados nas empresas.

Considerações sobre MTBF

No mercado cada vez mais competitivo, é importante usar as métricas a favor da sua empresa.

Tanto o MTTR quanto o MTBF ajudam a entender melhor as máquinas e sistemas, seus ciclos e seus funcionamentos. 

Assim, torna-se possível antecipar problemas para lidar melhor com a situação de falha ou até mesmo evitar momentos em que se fique sem equipamentos.

Os dados e métricas são aliadas dos gestores e de toda a equipe no dia a dia para um trabalho mais fluido, ágil, seguro e capaz de satisfazer as necessidades dos clientes.

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