Frete CIF e FOB: saiba escolher o melhor para seu negócio
30th set 2021 | Leitura de 11 min
A gestão do frete é uma das atividades mais importantes em uma empresa logística. Para conseguir melhores resultados, é preciso entender a diferença entre CIF e FOB, analisar suas vantagens e eleger o melhor para o seu negócio. Leia mais!
Todas as empresas do ramo de logística – bem como todos os compradores – entendem a importância do frete.
Porém, gerenciá-lo nem sempre é tão simples quanto o cliente pensa. A contratação desse serviço envolve uma análise que vai além do preço cobrado.
Isso inclui a qualidade do serviço, a reputação da empresa transportadora, a segurança dos produtos transportados e as condições de pagamento. Então, como definir a contratação do frete?
Aí está a importância de entender sobre CIF e FOB, dois conceitos de frete que vão ajudar a sua empresa a tomar as melhores decisões de acordo com as suas necessidades. Neste artigo, vamos explicar cada um deles e conhecer suas vantagens e desvantagens. Confira!
O que é frete FOB?
FOB é a sigla para a expressão em inglês “Free On Board“, que designa uma modalidade de repartição de responsabilidades, direitos e custos entre comprador e vendedor no comércio de mercadorias.
Em tradução literal, isso significa “livre à bordo”. Nesse tipo de frete, toda a responsabilidade pelo transporte da mercadoria é do cliente, incluindo os seus riscos e custos.
Do ponto de vista do vendedor, essa pode ser uma boa alternativa, já que a sua responsabilidade termina assim que a mercadoria é despachada. Assim, ele não precisa arcar com despesas inesperadas por perda, roubo ou extravio de produtos.
Além disso, no frete FOB, o custo pelo transporte não está embutido no valor cobrado pela mercadoria. Ou seja, aos olhos do comprador, o preço pode parecer mais baixo.
E o que é frete CIF?
Já a sigla CIF vem do inglês “Cost, Insurance and Freight“. Em tradução literal, lê-se custo, seguro e frete. Nessa modalidade, quem paga pelo deslocamento é o remetente da nota fiscal.
Logo, as despesas são embutidas no valor de venda pela empresa remetente. Além disso, os riscos também são de total responsabilidade do vendedor.
Ou seja, a pessoa que realiza o envio da mercadoria é quem deve arcar com os custos.
O resultado é que o o comprador recebe a mercadoria sem precisar se preocupar com nada além da aquisição do produto.
E uma curiosidade: tanto o frete CIF quanto o FOB podem ser realizados em diferentes modais de transporte.
Como escolher entre CIF e FOB?
Você já percebeu que existem diferenças significativas entre os fretes CIF e FOB. Esses detalhes são importantes e devem pesar na sua escolha entre as duas modalidades na hora de planejar a logística da sua empresa.
Por um lado, essa escolha será fundamental para a cadeia de suprimentos. Logo, você deve avaliar questões como a responsabilidade pelos custos, as diferentes situações, a segurança dos produtos transportados, entre outros aspectos de cada modalidade.
Por outro lado, a entrega trata-se também de uma etapa sensível da jornada de compra. Em outras palavras, ela pode ser um fator de extrema relevância para a experiência do cliente final.
Então, vamos analisar quando é melhor optar por cada uma delas!
Quando escolher CIF
A modalidade CIF, quando o vendedor deve fazer a contratação do frete e o envio da mercadoria, é mais utilizada em vendas B2C (business-to-consumer). Aqui, a última milha ganha uma importância especial como parte da jornada de compra do cliente final.
Conforme especialistas, a entrega pode determinar a experiência do comprador. Nessa etapa, aspectos como segurança, conforto e agilidade destacam-se:
“Já se foi o tempo em que o consumidor estava disposto a esperar mais por estar comprando online. Hoje, você faz uma compra e quer recebê-la em algumas horas”, observa Alexandre Trevisan, CEO da uMov.me.
O modelo CIF também é bastante comum para o envio de cargas fracionadas, que ocasionam um alto volume de entregas em destinos diferentes. Fazer esse tipo de entrega fracionada com o frete FOB seria inviável.
Além disso, deve-se levar em consideração que, ao optar pelo CIF, o destinatário não tem controle sobre o processo. Portanto, também não consegue resolver possíveis problemas, o que pode acarretar em prejuízos com atrasos na produção, por exemplo, se depende da chegada de uma matéria-prima.
Porém, em casos em que o responsável pela cadeia de suprimentos da empresa está sobrecarregado ou ainda não possui processos estruturados e equipe para tratar do assunto, o frete CIF pode ajudar. É uma questão de saber avaliar os processos e necessidades do seu negócio.
Outro detalhe que vem cada vez mais sendo levado em consideração é a possibilidade de monitoramento. Na modalidade CIF, os clientes não costumam realizar o acompanhamento do transporte, já que o controle é feito pelo embarcador. O oposto ocorre com o FOB.
Contudo, a tecnologia pode auxiliar nesse ponto, dando tanto ao remetente quanto ao destinatário a possibilidade de rastreamento e controle de rotas da mercadoria em transporte.
“Essas empresas precisam estar preparadas para oferecer uma experiência diferenciada ao cliente. Em um mercado competitivo como este, a colaboração é a chave”, analisa Trevisan, que vê nos aplicativos da uMov.me uma oportunidade para colaborar com essas empresas.
Quando escolher o frete FOB
Já no caso do FOB, quando o destinatário contrata o frete, encontramos uma opção mais adotada em negociações B2B (business-to-business), principalmente quando a carga é de alto valor ou tem um frete muito caro.
Como é de se esperar, o fornecimento no caso do CIF costuma sair mais caro que no FOB. Isso ocorre porque algum fornecedor pode adicionar um valor alto à operação. Já na compra FOB, é possível gerenciar as despesas e pagar apenas o que é exigido.
Além disso, no CIF, a responsabilidade pelos produtos só termina quando a entrega é feita no destino final. Enquanto, no FOB, o cliente assume os riscos pelo transporte. E isso deve ser levado em consideração na hora de definir o modelo de transporte.
Isso tudo exemplifica os diferentes motivos pelos quais é necessário pensar no que funciona melhor para o seu negócio antes de escolher uma modalidade de frete. Uma boa decisão a respeito disso pode significar uma importante vantagem competitiva no seu segmento.
Entenda mais sobre o que é romaneio de carga e quais são os benefícios!
CIF e FOB: veja as vantagens e desvantagens de cada modalidade
Agora que você já entendeu melhor o que são os fretes CIF e FOB, é hora de detalharmos quais as vantagens e as desvantagens de cada um desses modelos. Vamos nessa!
Como vimos, o frete FOB costuma ser mais vantajoso quando a transação de compra e venda é realizada entre duas empresas, nas entregas B2B (empresa para empresa).
Além disso, na compra FOB, é possível gerenciar as despesas e pagar apenas o que é exigido. Outro ponto que pode ser vantajoso é que o cliente assume a responsabilidade pelo transporte. Isso fará com que ele queira acompanhar o processo.
Já no frete CIF, como o vendedor faz a contratação e o envio da mercadoria, a modalidade funciona melhor em vendas B2C (empresa para consumidor) ou para o envio de cargas fracionadas, conforme já mencionado acima.
Nessa modalidade, o remetente precisa se preocupar mais com relação ao monitoramento para evitar atrasos e problemas na cadeia de suprimentos. Ou seja, a responsabilidade pelos produtos só termina quando a entrega é feita no destino final.
Especialmente na indústria, em que a produção de determinadas mercadorias depende da chegada da matéria-prima à fábrica, esse é um ponto estratégico a ser considerado.
Tudo isso, faz com que o CIF costume ser uma forma de frete de custo mais elevado, o que provavelmente é a sua maior desvantagem.
Porém, as vantagens e as desvantagens de cada um desses modelos somente farão sentido no contexto da sua empresa e das suas necessidades específicas. Portanto, avalie bem o que o seu negócio precisa para escolher a modalidade ideal.
Entenda quem faz os pagamentos
Na hora de arcar com os custos do frete, fica a pergunta: quem é o responsável?
Na modalidade CIF, o pagamento é realizado pelo fornecedor. Esse procedimento é realizado na origem do transporte, ou seja, na coleta dos materiais.
Nesses casos, o custo do frete e do seguro já está incluso no valor final das mercadorias, isto é, no preço que o comprador paga.
Já no frete FOB, é o cliente quem realiza o pagamento de ambos – tanto do frete quanto do seguro. Mesmo quando o cliente é o responsável por acionar a transportadora, o pagamento é feito no recebimento. Um exemplo desse tipo de FOB é o “Frete a Pagar”, oferecido pelos Correios.
Quais são os custos de cada frete?
No CIF, o preço do frete e do seguro do transporte já estão inclusos no valor da mercadoria. Dessa forma, quando um consumidor adquire o seu produto, ele já está pagando pelo deslocamento.
Para não ter problemas no ICMS, o fornecedor pode informar, na Nota Fiscal, que o frete é do tipo CIF. Assim, não ocorre a geração de custos adicionais para o cliente — absorvendo esses gastos.
Outra opção é realizar a cobrança separadamente, incluindo a informação em um campo próprio na Nota Fiscal.
Como no FOB, o valor do frete não está incluso no valor de venda, é necessário especificá-lo na NF.
Independentemente da modalidade de frete, qualquer quantia que for indicada no documento deve compor a base de cálculo dos tributos. O valor será somado ao total da NF e será considerado para os cálculos de ICMS, IPI, PIS e COFINS.
Como é feito o monitoramento das cargas?
No caso da modalidade CIF, o controle de monitoramento das cargas costuma ser feito pelo fornecedor. Sendo assim, é comum que os clientes não acompanhem o transporte.
Já no FOB, o comprador é o responsável pela segurança da carga, então o vendedor, por vezes, não acompanha a entrega.
Essa diferença é importante de ser estabelecida, pois a sua empresa precisa estar ciente de quando é necessário acompanhar a carga com atenção.
No Brasil, a maioria dos fretes é negociada com condição CIF. Isto é, existe uma boa chance de que o seu negócio esteja nesse grande grupo de empresas que têm a responsabilidade de monitorar as cargas.
Uma boa solução para isso, é contar com a tecnologia como aliada. Afinal, hoje em dia, não há nada que um aplicativo de logística não resolva e a uMov.me pode te ajudar nisso!
Com um moderno aplicativo de logística, torna-se possível rastrear as encomendas, monitorar o status e tomar decisões baseadas em dados, além de contar com muitos outros recursos úteis ao segmento.
Tecnologia para logística: como o aplicativo uMov.me pode auxiliar o seu negócio
Escolher entre o frete CIF e FOB não parece mais tão complexo depois de entender um pouco mais a respeito, não é mesmo? Mas, escolhendo um ou o outro, ainda há um desafio: colocar os planos em prática.
E, para garantir que a sua estratégia seja seguida da melhor forma possível, sem gastos desnecessários e com a agilidade exigida do mercado atual, um aplicativo de logística pode ser a solução.
A uMov.me cria aplicativos inspirados no seu negócio. Isso significa que a nossa plataforma no-code oferece a possibilidade de customização da solução de acordo com as regras do seu segmento.
Além disso, o aplicativo da uMov.me conta com uma série de funcionalidades que facilitam o dia a dia da logística, desde a gestão da frota até a centralização de todos os dados da operação. Com a solução, é possível:
- Monitorar sua operação logística em tempo real;
- Automatizar a carga e descarga de produtos;
- Rastreio cargas tanto para o backoffice, quanto para o cliente;
- Roteirizar entregas;
- Acompanhar a jornada do motorista;
- Planejar as coletas e entregas;
- E utilizar muitas outras funcionalidades que vão otimizar o trabalho da sua equipe.
Considerações sobre os fretes CIF e FOB
Entender conceitos da logística, como fretes FOB e CIF, é importante para alcançar conhecimento e tomar as melhores decisões baseadas em dados e informações confiáveis.
Cada empresa tem prioridades, necessidades e funcionamentos próprios, portanto a escolha pela melhor modalidade de frete é fundamental. Mas, seja qual for a resposta para o seu caso, a plataforma uMov.me tem uma solução que atende às regras do seu negócio.
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