GRIS no transporte: saiba tudo sobre a taxa de gerenciamento de risco

GRIS no transporte: saiba tudo sobre a taxa de gerenciamento de risco

GRIS é uma sigla que significa Gerenciamento de Riscos e faz parte das taxas inclusas no valor do frete. Aprenda a importância da GRIS para a logística a seguir!

A Taxa de Gerenciamento de Riscos, ou GRIS, é uma cobrança que faz parte do valor do frete de transporte de cargas no Brasil. Essa taxa é cobrada pelas transportadoras com o objetivo de custear os investimentos em segurança e gerenciamento de riscos nas operações de transporte de cargas.

O GRIS tem sido alvo de críticas por parte de algumas empresas e consumidores, que alegam que a cobrança é abusiva e desnecessária. No entanto, profissionais da área de logística e transporte de cargas concordam que a taxa é necessária para garantir a segurança e a integridade das operações de transporte de cargas no país.

O que é o GRIS e como funciona?

A origem do GRIS tem relação com a Resolução ANTT nº 4.799/2015, que estabelece a obrigatoriedade da cobrança da taxa pelas transportadoras. 

De acordo com o texto oficial, tem como objetivo “garantir a segurança do transporte de cargas e a integridade física do motorista e demais ocupantes do veículo“.

Segundo um levantamento da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC & Logística), o roubo de cargas no Brasil causou prejuízos de mais de R$1.2 bilhões em 2021.

Considerando a realidade dos riscos envolvidos no transporte de cargas no país e os dados apresentados pelas agências responsáveis, que incluem desde acidentes de trânsito até roubos de carga, é possível compreender a necessidade da GRIS para as empresas de logística. 

O valor da taxa, regulamentado pela ANTT, pode variar de acordo com o tipo de carga e o trajeto percorrido, mas geralmente representa uma pequena porcentagem do valor do frete.

Qual a relação entre GRIS e ad valorem?

Tanto a Taxa de Gerenciamento de Riscos quanto a ad valorem são taxas embutidas no valor final do frete, mas possuem características e objetivos distintos.

O GRIS é cobrado pelas transportadoras para custear os investimentos em segurança e gerenciamento de riscos nas operações de transporte de cargas. 

Enquanto isso, a ad valorem é uma taxa que incide sobre o valor da mercadoria transportada. Ela é cobrada pelas transportadoras para garantir que, em caso de perda ou dano da carga, a transportadora seja responsável por pagar uma indenização ao cliente.

Vale ressaltar que a ad valorem não está relacionada diretamente à segurança do transporte, mas sim à responsabilidade da transportadora em relação à carga transportada.

De que forma a GRIS pode gerar mais segurança para o transporte de cargas?

O painel de acidentes em rodovias da Confederação Nacional do Transporte (CNT) aponta que, em 2022, foram registrados mais de 64 mil acidentes de trânsito nas rodovias brasileiras. 

O GRIS (Gerenciamento de Riscos) pode ajudar a reduzir riscos e melhorar a segurança no transporte porque a taxa é destinada para a empresa de transporte, que pode investir em medidas importantes para garantir a segurança dos motoristas e cargas.

Além disso, a taxa de gerenciamento de riscos possibilita:

  • Investimentos em tecnologia: as transportadoras que cobram a taxa GRIS investem em tecnologias de monitoramento de frotas, como GPS nos celulares dos motoristas, possibilitando o acompanhamento em tempo real, assim como em aplicativos de monitoramento e roteirização;
  • Treinamento de motoristas: investir em treinamentos para os motoristas, abordando temas como segurança no trânsito e prevenção de riscos, faz parte dos investimentos provenientes da GRIS. Com isso, é possível reduzir os riscos de acidentes de trânsito, que podem causar danos à carga e colocar em risco a integridade física do motorista;
  • Contratação de escoltas armadas: em algumas regiões do país, as transportadoras contratam escoltas armadas para garantir a segurança da carga durante o transporte, bem como o acompanhamento em tempo real das frotas. Essa medida pode ser eficaz para reduzir os riscos de roubo de carga em áreas de maior incidência desse tipo de crime.

Ou seja: ao cobrar a GRIS, as empresas de logística e transporte de carga direcionam os valores coletados para investimento em segurança, gerando impactos positivos na redução de acidentes nas rodovias do país. 

Quando o valor da taxa é aplicado em tecnologia, as empresas também ganham em redução de custos. Aprenda como a Santa Clara economizou quase R$250 mil em transporte com o uso de aplicativos da uMov.me.

Como calcular o GRIS no transporte?

O valor cobrado para a GRIS é calculado com base em uma porcentagem do frete e possui variações de acordo com o tipo de carga e trajeto percorrido.

Para calcular a taxa, também é necessário conhecer qual é a alíquota definida pela empresa que está realizando o transporte da carga.

Mas, em geral, a fórmula é a seguinte:

GRIS = Valor do frete x Alíquota da GRIS

Por exemplo: considere que o valor do frete é de R$1.000,00 e a alíquota da GRIS é de 0,5%. O cálculo fica assim:

GRIS = 1.000,00 x 0,5%

1.000,00 x 0,005

R$5,00

Nesse caso, o valor da taxa é: R$5,00.

Algumas transportadoras podem utilizar uma tabela específica de valores para determinados tipos de carga, enquanto outras podem estabelecer a alíquota de forma individualizada para cada contrato de transporte.

Como calcular o ad valorem?

No caso da ad valorem, a taxa é calculada com base em uma porcentagem do valor da mercadoria transportada e pode variar de acordo com a política de cada transportadora. 

Para chegar ao valor final, é necessário saber algumas informações específicas, como:

  • Porcentagem definida pela transportadora para o ad valorem;
  • Valor da carga a ser transportada.

O cálculo fica assim:

Ad valorem = Valor da carga x Porcentagem da ad valorem

Por exemplo, se a porcentagem da ad valorem é de 1,5% e o valor da carga é R$ 10.000,00, o cálculo fica assim:

Ad Valorem = R$10.000,00 x 1,5%

R$150,00

Nesse caso, a ad valorem final é de R$150,00.

Quais são as variáveis compõem o frete

Além da GRIS e da ad valorem, as empresas responsáveis por logística e transporte precisam considerar a tabela de valores mínimos para frete, definida pela ANTT, e demais variações que integram o valor final cobrado.

  • Taxa de coleta e entrega: cobrada para cobrir os custos com a coleta e entrega da carga, podendo variar de acordo com a região e as condições de acesso ao local de coleta ou entrega;
  • Taxa de cubagem: determinada de acordo com o tamanho em metros cúbicos que a carga ocupa dentro do caminhão ou outro meio de transporte;
  • Taxa de armazenagem: aplicada caso a carga precise ser armazenada por algum tempo antes de ser entregue, podendo variar de acordo com o tempo de armazenagem e as condições do local.
  • Taxa de pedágio: tem como objetivo cobrir os custos com pedágios, caso existam, ao longo do trajeto de transporte.
  • Taxa de combustível: serve para cobrir os custos com combustível, podendo variar de acordo com a variação dos preços dos combustíveis.
  • Seguro: é uma taxa opcional, mas que pode ser contratada para garantir a cobertura dos riscos envolvidos no transporte da carga.

Leia também: como calcular o valor do frete.

Dicas na negociação da Taxa de Gerenciamento de Risco

Se você faz parte de uma empresa que necessita contratar os serviços de transporte de outro fornecedor, saiba que, sim, é possível negociar os valores do GRIS. 

Separamos 6 dicas práticas para aplicar no momento da negociação. Confira!

  1. Pesquise e compare: faça uma pesquisa prévia para entender os valores médios de mercado da taxa GRIS e comparar as propostas das diferentes transportadoras;
  2. Conheça a carga: Entenda bem as necessidades específicas da carga a ser transportada, como valor, tipo, tamanho, fragilidade etc. Essas informações podem influenciar na necessidade de um maior ou menor investimento em gerenciamento de riscos;
  3. Negocie em conjunto: se possível, negocie a GRIS junto com outras taxas do frete, como armazenamento ou seguro. Negociar um pacote completo pode ser mais vantajoso do que taxas isoladas;
  4. Entenda a política de segurança da transportadora: verifique se a transportadora possui uma política de segurança clara e definida, com medidas de prevenção e gerenciamento de riscos;
  5. Conheça o histórico de segurança da empresa: avalie se a transportadora a ser contratada possui um histórico positivo, com poucos casos de perda ou danos à carga, e se pratica a manutenção preventiva dos veículos para evitar acidentes;
  6. Seja transparente: durante a negociação, explique as necessidades e expectativas em relação à taxa GRIS de acordo com o que você está transportando. Isso pode ajudar a encontrar uma solução que atenda às necessidades de ambas as partes, evitando atritos entre as empresas.

Considerações sobre a GRIS

A cobrança da GRIS pelas transportadoras resulta em benefícios tanto para a empresa, quanto para quem contratou o serviço. 

Com os valores obtidos através dessa taxa, as empresas de transporte podem investir em tecnologias e treinamentos para aprimorar os serviços ofertados. 

Um exemplo disso é o investimento em Aplicativo de Logística da uMov.me, que entre as funcionalidades, possui a Torre de Controle Logístico para acompanhar as frotas, indicar melhores rotas e evitar acidentes em rodovias. 

Saiba mais sobre as soluções da uMov.me para controle logístico entrando em contato com a nossa equipe!

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