ESG: o que é e como pode tornar uma empresa mais inovadora
26th maio 2022 | Leitura de 11 min
Entenda o que é ESG, suas práticas e como implementá-la para impulsionar a inovação na sua empresa. Leia mais!
É cada vez mais comum ouvir ou ler o termo “ESG” na mídia, em eventos de empreendedorismo e negócios, e até em conversas no dia a dia.
Também conhecida por agenda ESG, essa estratégia alinha valores ambientais, sociais e de governança para construir uma gestão melhor e responsável. Fora que, ao redor do mundo, empresas que a implementam têm tido muito sucesso!
Os casos são vários: Microsoft, J.B. Hunt, Sherwin-Williams, Adobe, Nike, Apple e Gartner são algumas das empresas com as melhores ações ESG na bolsa de valores. Mas não precisamos ir longe…
Aqui no Brasil, a transformação também está acontecendo! O ranking Campeãs da Inovação, pioneiro do jornalismo econômico, mede o grau de inovação de empresas nos mais diferentes segmentos na região Sul.
Nesta 18ª edição, estavam entre as 50 premiadas as Lojas Renner, Randon, Gerdau, Dell e, inclusive, a uMov.me!
Continue lendo para saber mais sobre ESG, do conceito à prática, a importância dessa estratégia e como ela pode impulsionar a inovação no seu negócio.
O que é ESG?
Do inglês, ESG é a sigla composta por três grandes áreas que agrupam objetivos a serem cumpridos pelo mercado para impulsionar o desenvolvimento econômico sustentável. São elas:
- Environmental (ambiental) — refere-se às práticas de conservação do meio ambiente, como a atuação no combate à poluição do ar e da água, ao aquecimento global e à emissão de carbono na atmosfera, ao desmatamento e à escassez da água, por exemplo;
- Social — diz respeito à forma como a empresa se relaciona com as pessoas que fazem parte dela. Essa etapa inclui a satisfação dos clientes, proteção de dados e privacidade, diversidade da equipe, engajamento dos funcionários, relacionamento com a comunidade e respeito aos direitos humanos e às leis trabalhistas, proteger os dados dos clientes e respeitar a legislação trabalhista;
- Governance (governança) — está relacionada à administração da empresa. Composição do Conselho, estrutura do comitê de auditoria, conduta corporativa, remuneração dos executivos, relação com entidades do governo e políticos e existência de um canal de denúncias são exemplos dessa gestão.
Em resumo, instituições que concordam em aderir à agenda ESG devem adotar uma postura ética frente a fatores ambientais, sociais e de governança. Isso envolve a implementação de uma série de estratégias e soluções internas.
Essas letras apareceram juntas pela primeira vez em 2004, com a publicação do relatório “Who cares wins” – ou “Quem ganha se importa”, traduzido do inglês.
O documento é uma iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU) com instituições financeiras de nove países, reunidas com o objetivo de incentivar o comprometimento com os três valores representados pela sigla.
O conceito de ESG também está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estabelecidos pela ONU. Também conhecidos como ODS, eles definem metas a serem cumpridas até 2030 para frear as consequências da mudança climática e atingir mais qualidade de vida por todo o planeta.
Para além do benefício global, ser ESG também significa ter comprometimento com a supply chain na qual ela está inserida, atuando de forma responsável com seus clientes, fornecedores, colaboradores e investidores.
Ou seja, assim como a governança corporativa, a valorização desses pilares pode beneficiar uma empresa em diversos âmbitos — da imagem frente aos investidores e clientes até a própria eficiência interna.
ESG como tendência de mercado
Valorização no mercado e reputação de marca — sabia que essas duas variáveis estão diretamente relacionadas com as práticas ESG?
A agenda ESG se tornou um índice extremamente importante para o setor de investimentos. Dos bancos de varejo até grandes investidores-anjo, todos estão de olho nesses pilares.
E, sim, como a sua empresa se posiciona frente a eles pode representar o avanço, retrocesso ou até a saída dela de uma carteira.
Um exemplo é o desenvolvimento de créditos de carbono — uma solução que propõe recompensas a empresas e, futuramente, até pessoas físicas que reduzam suas emissões de carbono.
Isso demonstra que instituições capazes de unir a consciência ambiental com o desenvolvimento econômico estão passos largos à frente daquelas que não praticam ESG.
O impacto do ESG nas empresas
Por mais que o desenvolvimento sustentável esteja no centro da agenda ESG, é inegável que, hoje, também há uma motivação financeira para aderir ao conceito.
Isso faz todo o sentido, afinal, estamos falando de uma estratégia que comprovadamente traz retorno positivo às empresas.
De acordo com o estudo ‘A Evolução do ESG no Brasil’, 84% dos representantes do setor empresarial relataram o aumento do interesse em entender mais sobre a agenda e os critérios ESG em 2020.
No mesmo ano, fundos ESG captaram R$ 2,5 bilhões no país, sendo que mais da metade da captação veio de fundos criados nos 12 meses anteriores, afirma a organização Pacto Global.
No Brasil, 27% das empresas assumiram algum compromisso Net Zero nos últimos anos — a média global é de 22%, segundo uma pesquisa da PwC. A seguir, você entenderá o porquê dessa adesão.
ESG como processo estratégico: por que uma empresa deve investir?
No geral, negócios que adotam uma estratégia ESG se tornam mais competitivos e, consequentemente, têm maior longevidade no mercado.
Como já comentamos acima, práticas ESG valorizam consideravelmente a imagem de uma empresa frente aos investidores, consumidores e a cadeia de negócios como um todo. Mas elas também podem aumentar a eficiência interna, e a chave para isso está na letra “G”.
Uma gestão humanizada e mais consciente é capaz de otimizar processos e promover a produtividade. Como? Ao valorizar os colaboradores que fazem a empresa acontecer.
Isso significa investir na transformação digital — para digitalizar certas tarefas do dia a dia através da automação e, assim, atingir a maturidade digital — e em estratégias para construir um ambiente colaborativo e diverso.
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Quanto à sustentabilidade ambiental, ressaltamos aqui, novamente, que os créditos de carbono já viraram realidade para algumas empresas.
Em partes do mundo, como nos Estados Unidos e no Canadá, o comércio internacional de créditos ambientais cresce cada dia mais, mas ainda precisa de uma regulamentação sólida pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Uma empresa brasileira que já adquiriu créditos de carbono é o iFood, através do programa Entrega Neutra, certificada pela Voluntary Carbon Standards.
Quanto à parte social, o tópico da proteção aos dados vem protagonizando debates e discussões nos últimos anos.
Na Era dos Dados, que caracteriza o tempo em que vivemos hoje, as informações são ativos fundamentais para qualquer negócio — por isso, a cultura data-driven se tornou um requisito para ter competitividade.
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Contudo, para tudo na vida, há um limite. Neste caso, é a privacidade de quem fornece esses dados. Esta é não só uma responsabilidade social, que representa um critério ESG, como legal, desde que a Lei Geral de Proteção aos Dados (LGPD) entrou em efeito.
É importante que gestores de qualquer empresa, independente do tamanho, estejam atentos ao futuro — que, definitivamente, é ESG. A PwC projeta que, até 2025, 57% dos ativos de fundos mútuos na Europa estarão em fundos que consideram os critérios, o que representa US$ 8,9 trilhões.
Além disso, 77% dos investidores institucionais pesquisados disseram que planejam parar de comprar produtos não ESG nos próximos anos.
ESG como forma de inovação nas empresas
A inovação é o que movimenta o mundo.
No âmbito de negócios, inovar implica a identificação de uma necessidade que ainda não é atendida — ou é mal atendida — pelo mercado. A partir daí, após uma longa jornada de testes e aprimoramentos, surge um novo produto ou serviço para tapar esse buraco.
Por isso, inovação é mais do que adotar novas tecnologias. O conceito diz respeito a toda uma cultura voltada para novas formas de agir e pensar.
Nesse sentido, o CEO da uMov.me, Alexandre Trevisan, destaca a importância das pessoas no processo de transformação digital:
“O que faz, de fato, uma empresa digital são as pessoas. São elas que servem de agentes da mudança, que, através do conhecimento e da autonomia, têm a capacidade e o poder de fazer a transformação digital”.
A agenda ESG é uma excelente inspiração para impulsionar a inovação nas empresas, que hoje já nascem pensando em modelos de negócios ágeis e adaptáveis, capazes de lidar com o ritmo acelerado do ecossistema empreendedor.
Nesse contexto, simplesmente não há mais espaço para instituições que não consideram o princípio da sustentabilidade. É isso que pauta todas as práticas ESG — a sustentabilidade ambiental, social e de governança.
Ou seja, implementar essa estratégia significa proteger o meio ambiente, beneficiar a comunidade em que a empresa se insere e, também, a própria longevidade. E, para isso, pensar em soluções inovadoras é imprescindível.
O CEO da uMov.me destaca ainda o pilar de governança como um diferencial também muito importante para os negócios atualmente:
“Um dos itens mais importantes hoje, nesse cenário, são as lideranças. Vivemos em um mundo capitalista, mas o nosso principal capital atualmente é humano. A chave está em quem cuida dessas pessoas”.
A uMov.me, inclusive, é uma das Campeãs da Inovação 2022! Líder nacional no desenvolvimento de aplicativos B2B através da nossa plataforma no-code, vencemos a categoria especial de Pequenas e Médias Empresas. Nosso CEO analisa:
“É com muito orgulho e com a sensação de dever cumprido que recebemos essa distinção. Nós acreditamos que, quando uma empresa cresce, todos crescemos juntos. E os pilares da agenda ESG são essenciais nesse processo de desenvolvimento do ecossistema”.
Realizado há 18 anos pelo Grupo AMANHÃ, o ranking mede as 50 empresas e instituições mais inovadoras do Sul do Brasil. A competição também conta com o apoio técnico do IXL Center, de Cambridge (EUA).
O prêmio Campeãs de Inovação utiliza o Innovation Management Index, metodologia do Gimi (Global Innovation Management Institute), organização global sem fins lucrativos criada por executivos, acadêmicos e consultores especializados em inovação de vários países.
Nesta edição, que celebra os 35 anos do Grupo AMANHÃ, aprofundou o conceito de “Greenovate”, que remete à inovação com suporte ESG.
Houve um aumento de 32% na adesão de empresas e instituições ao ranking este ano — ou seja, o desempenho do time da uMov.me Tecnologia aumentou no resultado!
O presidente do Grupo AMANHÃ, Jorge Polydoro, afirma que o Campeãs da Inovação, na prática, é como uma espécie de certificação, que as empresas vencedoras utilizam em portais e publicações.
“Atualmente, a maioria das empresas utiliza, em seus discursos comerciais, duas palavras mágicas: inovação e transformação. Mas quem conhece o mundo corporativo de perto, percebe que nem todas as empresas que utilizam esses discursos – e são muitas – sabem, exatamente, do que estão falando e o que isso significa na prática”.
Ele destaca, ainda, que as Campeãs da Inovação representam negócios que sabem implementar os dois conceitos.
“As empresas homenageadas nesta noite são verdadeiramente inovadoras. Estão atentas aos impactos das novas tecnologias; às mudanças que devem perseguir os seus processos de gestão e produção; aos conceitos de cocriação, compartilhamento e cooperação; à necessidade de serem ágeis, dialogarem e absorverem em suas estratégias algumas das práticas e ideias disruptivas das startups; e em tratar com maior seriedade os seus compromissos sociais, ambientais e de governança”, diz o executivo.
Considerações sobre ESG
Como pudemos ver, a agenda ESG é fundamental para toda e qualquer empresa que deseja ter sustentabilidade — no sentido ambiental, dentro da comunidade e, também, no mercado.
A inovação é natural ao adotar essas práticas, já que a liderança precisa adotar novas soluções para que a empresa tenha sucesso na jornada.
A uMov.me aprofundou o tema “Colaboração e Inovação” no 4º e último episódio da “Transformações Reais”, websérie desenvolvida em parceria com a StartSe.
O CTO Daniel Wildt e o CEO Alexandre Trevisan, da uMov.me, juntaram-se com o fundador da BetaHauss, Felipe Beck, e o CRO da eSales, Voltér Trein, em um bate-papo sobre a importância da colaboração e da mudança de cultura para a construção de um ecossistema inovador.
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