Governança Corporativa e ESG: Práticas Sustentáveis e Responsáveis

Como a governança corporativa e Agenda ESG podem beneficiar a sua empresa

Governança corporativa e a agenda ESG são dois conceitos que contribuem para a sustentabilidade, tanto para a própria empresa como para o meio ambiente. Entenda!

Uma empresa que almeja alcançar um desempenho de excelência no mercado precisa seguir determinadas boas práticas.

A governança corporativa e agenda ESG estabelecem processos e regras que viabilizam um desenvolvimento sustentável e econômico, concomitantemente.

Seja qual for o porte ou segmento, qualquer empresa pode ser beneficiada pela adesão a essas duas metodologias — quando bem executadas, claro. E a chave para ter essa eficiência? A tecnologia!

Pensando nisso, neste artigo vamos abordar a definição de governança corporativa e ESG e os benefícios para a sua empresa. Confira!

O que é governança corporativa?

Governança corporativa é “o sistema pelo qual as empresas e demais organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre sócios, conselho de administração, diretoria, órgãos de fiscalização e controle e demais partes interessadas”, de acordo com o IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa).

No Brasil, as práticas surgiram com a chegada do novo mercado, principalmente com o aumento da privatização na década de 90, segundo o IBGC. Anos depois, em 1999, o IBGC lançou o primeiro Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa.

A partir disso, as empresas começaram o processo de adoção dessas práticas.

Hoje, a governança corporativa envolve processos, relacionamentos entre sócios, costumes, órgãos de fiscalização e outros aspectos utilizados na administração de uma companhia. Essa estrutura destinada pode ser aplicada por qualquer empresas, seja de pequeno, médio ou grande porte.

Mas é importante compreender que o princípio não é conectado ao número de colaboradores ou faturamento, por exemplo.

Ainda que sejam conceitos diferentes, muitos confundem governança corporativa com o compliance. Este, nada mais é do que estar de acordo com leis e regulamentos internos e externos, garantindo a sintonia da equipe com as normas vigentes e fortalecendo a cultura da ética.

Já a governança corporativa é como um guia para a sua empresa atingir os objetivos e resultados almejados, além de conciliar interesses do seu negócio com órgãos de regulamentação e fiscalização. Dessa forma, cria um ambiente de trabalho capaz de gerar boa reputação, aumentando a longevidade e integridade do seu negócio.

Atualmente, a governança possui dois grupos interessados na execução das tarefas:

1) Partes externas interessadas, como acionistas, credores, fornecedores, clientes e stakeholders;

2) Partes internas, formadas pelo conselho de administração, executivos e colaboradores no geral.

O equilíbrio de interesses de todas as partes envolvidas é a base dessa prática. Dessa forma, sua empresa demonstra ainda mais transparência no mercado.

Qual é o objetivo?

O principal objetivo da governança corporativa é garantir o relacionamento saudável e confiável da sua empresa com seus acionistas. Por isso, existem diversas práticas voltadas para o sucesso desse vínculo.

É comum vermos mecanismos de incentivos e monitoramento, que buscam garantir que as ações dos executivos estejam de acordo com o interesse dos acionistas. Então, não alinhar os interesses das duas partes pode trazer problemas para a sua empresa.

A execução da governança corporativa colabora para a evolução econômica sustentável, além de aprimorar o desempenho das companhias. A presença de conselheiros adequados para os sistemas de governança é uma peça fundamental para o seu negócio.

Dessa forma, você previne sua empresa de sofrer com fraudes, erros e abusos de poder.

Princípios da governança corporativa

Seguindo as práticas do Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa, existem quatro princípios da ferramenta: transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa.

1) Transparência

O primeiro conceito define o desejo de disponibilizar para as partes interessadas as informações que sejam de seu interesse e não apenas aquelas impostas por disposições de leis ou regulamentos.

Não deve se restringir ao desempenho econômico-financeiro, contemplando também os demais fatores (inclusive intangíveis) que norteiam a ação gerencial e levam à preservação e otimização do valor da organização.

2) Equidade

A equidade é representada pelo pelo tratamento justo de todos os sócios e demais partes interessadas (stakeholders). Aqui se deve levar em conta seus direitos, deveres, necessidades, interesses e expectativas.

3) Prestação de contas

Também chamado de accountability, em inglês, este princípio sugere que os agentes de governança prestem contas sobre a atuação de modo claro, conciso, compreensível e tempestivo. Dessa forma, eles assumem integralmente as consequências de seus atos e omissões, atuando com diligência e responsabilidade no âmbito dos seus papéis.

4) Responsabilidade corporativa

A responsabilidade corporativa propõe que os agentes de governança devem zelar pela viabilidade econômico-financeira das organizações, reduzindo as externalidades negativas de seus negócios e suas operações.

Esse processo deve levar em consideração, no seu modelo de negócios, os diversos capitais: financeiro, manufaturado, intelectual, humano, social, ambiental, reputacional, entre outros. O período varia e os prazos podem ser curto, médio e longo.

A importância da governança corporativa para a empresa

Como mencionamos, a governança corporativa é importante para manter sua empresa alinhada com seus investidores e acionistas.

Logo, é uma forma de gestão estratégica que auxilia e aprimora a cultura de prestação de contas da sua empresa. Ao segui-la corretamente, é possível desfrutar dos seus resultados positivos.

A governança corporativa bem executada limita uma possível conduta desagradável dos administradores, ao guiar suas decisões. Além disso, a realização de auditorias, processo fundamental no exercício desse conceito, ajuda a monitorar o cumprimento de regras preestabelecidas com a equipe e a administração, fiscalizando atividades.

Ela ainda é importante para assegurar a boa convivência, principalmente ao instituir restrições de autonomia que controlam ações da gestão e definem áreas em que devem atuar. No entanto, é importante ressaltar que a má conduta dessas práticas pode prejudicar a instituição.

Com uma governança muito frágil, por exemplo, a possibilidade de um administrador buscar somente por interesses próprios é bem maior. Ele até mesmo pode atuar sem competência alguma, como consequência da falta de regras e limitações. 

Outro caso é quando uma governança corporativa é excessivamente controladora. Essa conduta tira totalmente a autonomia do administrador e impede que ele realize o seu trabalho. Na área pública e em grandes companhias, é comum que gestores sintam-se “presos” ou “amarrados” por decisões externas a eles.

Para o bom andamento da governança corporativa na sua empresa, é fundamental que você encontre um ponto de equilíbrio. Tendo cuidado com as ferramentas de controle, é possível melhorar tanto o relacionamento interno quanto externo da sua equipe.

Benefícios de aplicar a governança corporativa

A governança corporativa pode trazer uma série de benefícios para uma empresa, seja ela qual for.

Pois, afeta de forma positiva o desempenho de longo prazo, que é consequência direta de um ambiente controlado de forma assertiva e eficaz.

1) Eficiência da organização

O primeiro e mais óbvio é a eficiência que essa conduta proporciona dentro de uma organização. Ao desenvolver habilidades e organizar a gestão, a consequência é uma tomada de decisão mais assertiva, das equipes à gestão.

2) Mais investidores

A partir da governança, é possível atrair um número maior de investidores. Demonstrar maior solidez aos olhos externos é fundamental para que a empresa não aparenta ser um péssimo investimento.

Companhias que não são transparentes, ou seja, que não deixam explícito sua forma de funcionamento e têm uma reputação ruim, não serão capazes de atrair bons investimentos. Assim, torna-se ainda mais difícil encontrar acionistas dispostos a investir na sua empresa.

3) Valorização da imagem corporativa

Uma boa gestão consegue enaltecer a imagem da empresa usando de meios éticos e promovendo valores corporativos implementados dentro da sua companhia.

Envolvimento em notícias de corrupção e erros de processos são comuns e podem prejudicar a imagem da sua empresa. A imagem publicamente afetada por alguma irregularidade interna faz com que você perca totalmente a credibilidade.

Por isso, é importante sempre prestar contas. Assim, você não envolve seu negócio em problemas e demonstra ser confiável.

Quando os interesses de indivíduos estão acima dos interesses da empresa, temos uma crise de governança. Neste sentido, ter uma ótima gestão de governança corporativa é fundamental para evitar escândalos.

4) Maior competitividade

O investimento na governança corporativa é uma excelente forma de aumentar sua competitividade, assim como seu valor de mercado. Seguir conselhos objetivos, preservar e otimizar o valor econômico de longo prazo da empresa e fomentar a longevidade são formas de aprimorar a gestão do seu negócio.

Ainda, o fácil acesso aos recursos da empresa também colabora para isso.

Com um ótimo valor de marca, você também é capaz de ter maior acesso aos empréstimos bancários. A facilidade para acessar o crédito necessário se dá pela implementação das práticas de governança corporativa. Afinal, sua empresa demonstra maior segurança e credibilidade nos negócios.

Tendências dos processos de governança corporativa

Temos quatro principais tendências dos processos de governança corporativa: 

  • Convergência é uma tendência composta por código de melhores práticas. A ideia é enfatizar os principais pontos das boas práticas de governança. Sistemas nacionais tendem a ser comparados, com identificação dos fatores de alta eficácia, tanto do interesse das corporações, quanto dos mercados, quanto ainda da economia como um todo;
  • A tendência à adesão a essas práticas é visível no mundo todo. As resistências internas à adoção de sistemas de governança corporativa estão sendo gradualmente vencidas;
  • Diferenciação é uma tendência movida por forças externas às companhias, como agências de rating corporativo. Isso por conta da criação de níveis diferenciados nas bolsas de valores e pelas reações do mercado;
  • A tendência à abrangência refere-se ao alinhamento dos interesses dos acionistas com os outros grupos, como empregados, consumidores, fornecedores, comunidades locais, governos e organizações não governamentais. É também uma resposta das corporações ao crescimento de questões ambientais e sociais.

Agenda ESG: o que é e como isso impacta o seu negócio?

O conceito de ESG está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estabelecidos pela ONU (Organização das Nações Unidas) com metas que devem ser cumpridas até 2030 para frear as consequências da mudança climática.

Do inglês, ESG é a sigla composta por três grandes áreas que agrupam esses objetivos: 

  • A letra E, de Environmental (ambiental), refere-se às práticas da empresa a respeito da conservação do meio ambiente, como a sua atuação no combate a poluição do ar e da água, ao aquecimento global e a emissão de carbono na atmosfera, ao desmatamento e a escassez da água, por exemplo;
  • A letra S, de Social, diz respeito à forma como a empresa se relaciona com as pessoas que fazem parte dela. Essa etapa inclui a satisfação dos clientes, proteção de dados e privacidade, diversidade da equipe, engajamento dos funcionários, relacionamento com a comunidade e respeito aos direitos humanos e às leis trabalhistas, proteger os dados dos clientes e respeitar a legislação trabalhista;
  • A letra G, de Governance (governança), está relacionada à administração da empresa. Composição do Conselho, estrutura do comitê de auditoria, conduta corporativa, remuneração dos executivos, relação com entidades do governo e políticos e existência de um canal de denúncias são exemplos dessa gestão.

Ou seja, instituições que concordam em aderir à agenda ESG devem adotar uma postura ética frente a fatores ambientais, sociais e de governança. Isso envolve uma série de estratégias e soluções internas para atingir essas metas.

Assim como a governança corporativa, a prática desses conceitos pode beneficiar uma empresa em diversos âmbitos — da imagem frente aos investidores e clientes até a própria eficiência interna.

Como a tecnologia pode ajudar na agenda ESG

Muitas empresas ainda têm receio de aderir à agenda ESG, seja por falta de recursos, pelo segmento de atuação ou apenas por ser um passo desafiador. Contudo, com a transformação digital, esse processo se tornou muito mais fácil.

A automação de processos já viabiliza uma redução considerável no uso de papel, o que já condiz com o primeiro conceito da sigla. Para exemplificar, a assinatura eletrônica é uma ferramenta muito implementada por diversas empresas e que auxilia nessa redução.

Aqui, também podemos mencionar inteligência artificial, machine learning, deep learning e o armazenamento em nuvem, que auxiliam não só no desenvolvimento sustentável como no monitoramento da matriz de materialidade.

Com o fácil acesso a essas informações, as empresas produzem relatórios assertivos e aumentam a chance de executar corretamente as práticas necessárias.

Ainda é possível implementar ferramentas de forma mais objetiva, por exemplo drones podem ser utilizados na detecção de focos de incêndio e queimadas.

Com a maturidade digital, é possível reduzir o consumo de energia elétrica. Assim como o uso da tecnologia na geração de energia limpa e renovável, garantindo a produção de energia que não gera poluição. Além disso, o uso de soluções cloud diminui a necessidade de um amplo espaço de armazenamento físico em data centers, entre outras questões.

No fim das contas, a relação é simples: quanto maior o investimento em soluções tecnológicas, melhor será o desempenho das práticas ESG.

Conheça a plataforma uMov.me e como ela pode beneficiar o seu negócio unindo tecnologia e agenda ESG!

Considerações sobre Governança Corporativa e ESG

A governança corporativa e a agenda ESG são práticas que buscam desenvolver maior organização e a ética na empresa. Com a metodologia correta, são beneficiados tanto o meio ambiente como o ambiente corporativo. 

Afinal, a sustentabilidade é justamente sobre usar recursos de forma consciente e eficiente, seja para ajudar o planeta ou o seu negócio.

É por isso que a tecnologia é a maior aliada da gestão sustentável. A uMov.me está há mais de 10 anos no mercado, contribuindo com soluções tecnológicas que não agridem o planeta e auxiliam no desenvolvimento de práticas nesse sentido.

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