Mulheres na ciência: contribuições e desafios

Mulheres na ciência e os desafios que enfrentam no séc. XXI

Em tempos de pandemia, a ciência é uma das principais pautas em debates no mundo todo, afinal, é nela que a sociedade deposita toda sua esperança de uma cura para a doença. Para que isso aconteça e uma possível vacina seja concebida, é preciso deixar os preconceitos de lado e unir forças de todos os lados, mas será que é isso que está acontecendo?

No primeiro episódio do Dito Efeito Online, mulheres cientistas discutiram sobre os preconceitos que ainda freiam a ciência em pleno século XXI. Parte da série Protagonismo Feminino, o episódio foi transmitido ao vivo em 26 de agosto de 2020, no canal da uMov.me Arena no YouTube.

A curadora da série, Patricia Knebel (jornalista e colunista do Jornal do Comércio), convidou três mulheres cientistas para compor o painel: Marcia Barbosa, feminista, considerada em 2020 pela ONU uma das mulheres que mudou o mundo com a ciência; Fernanda Checchinato, cientista e fundadora/CEO da Aya Tech; Zélia Ludwig, cientista do centro de pesquisas em materiais da UFJF.

A importância da ciência para o desenvolvimento do país

Sempre que pensamos em uma “salvação” para qualquer tipo de doença, pensamos também na ciência. Quando trata-se de uma pandemia, ou seja, um mal que atinge o mundo todo, nos questionamos se a ciência brasileira consegue ter participação nessa “salvação”.

Muitas pessoas podem não saber, mas a ciência brasileira tem participação em diversos estudos e pesquisas realizados em países altamente desenvolvidos. Em um momento como este, em meio a pandemia da COVID-19, estamos tendo a oportunidade de enxergar claramente a participação do Brasil na evolução da ciência.

Pequenos pedaços da evolução na ciência que estuda como combater o novo coronavírus são feitos em solo brasileiro. Contudo, ainda assim enfrentamos diversos desafios de fazer ciência no país.

mulheres na ciência - marcia Marcia Barbosa, feminista, destaque na ONU em 2020.

Marcia Barbosa trouxe um fato importante para a discussão: o Brasil vem passando por um processo de desindustrialização e, por conta disso, hoje faltam insumos para os laboratórios conseguirem avançar com a ciência. Esse avanço da ciência inclui, por exemplo, a produção de vacinas. 

“O Brasil tem que ser independente na produção de algumas coisas que são fundamentais. Precisamos incentivar empresas nacionais, que produzem em solo brasileiro. Todo esse processo é uma cadeia de produção e tudo está conectado.”

mulheres na ciência - fernanda Fernanda Checchinato, cientista e fundadora/CEO da Aya Tech.

Fernanda Checchinato complementou a fala de Marcia, falando que estamos em um momento onde a população está vendo que a ciência é importante. Segundo ela, o Brasil tem muitas condições de produzir mais, para deixar de depender da importação e evoluir a ciência em território nacional.

mulheres na ciência - zélia Zélia Ludwig, cientista do centro de pesquisas em materiais da UFJF.

Para Zélia Ludwig, a pandemia escancarou os problemas que já existiam no Brasil, tanto 

na ciência quanto na sociedade. O não aproveitamento da ciência como um todo gera problemas na sociedade, na indústria, na agricultura e em diversos outros setores. “É preciso investir na ciência, na produção daqui”, completou Zélia.

A presença das mulheres na ciência

Um estudo realizado em 2018 pela consultoria McKinsey mostra que as empresas que trabalham com diversidade possuem um meio mais inovador e são mais propensas a ter lucratividade. Porém, para a cientista Marcia Barbosa, neste momento estamos fazendo o caminho inverso.

Segundo ela, para sair dessa crise é preciso ter diversidade no ambiente de trabalho. Mais diversidade significa mais eficiência, que é o que precisaremos para sair da crise.

Culturalmente é ensinado que “os meninos mexem com mecânica e as meninas cozinham”, relatou Fernanda Checchinato. Há muitas barreiras para as mulheres, tanto na ciência quanto na área de exatas como um todo. Há muito preconceito enraizado na sociedade, que deve ser combatido.

Zélia Ludwig diz que ser mulher e negra na área de exatas é muito difícil. Para que isso mude, é preciso construir iniciativas que incentivem mulheres a tomarem seus lugares na ciência. 

Zélia desenvolve um projeto com meninas negras nas comunidades. Nesse projeto, ela e a equipe levam experimentos científicos até às crianças, além de oferecerem conversas, palestras e passeios para conhecerem a universidade.

“As crianças precisam se sentir valorizadas e para isso precisam ter oportunidades. (…) É preciso escutar e agir. As mulheres estão aqui para ampliar o conhecimento. A ciência deve ser divulgada, para que os outros vejam e sintam vontade de participar, de ocupar o espaço.”

Veja o episódio “mulheres cientistas: em pleno século XXI os preconceitos ainda freiam a ciência” completo:

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