Entenda a nova tabela de frete da ANTT e como otimizar custos no transporte rodoviário

A nova tabela de frete da ANTT estabelece diretrizes para preços mínimos no transporte rodoviário. Otimizar custos envolve compreender essas normas, ajustando operações logísticas para alcançar eficiência financeira e competitividade, garantindo conformidade e melhor gerenciamento nas atividades de transporte.

O transporte rodoviário no Brasil movimenta bilhões de reais anualmente e é o principal meio de escoamento de mercadorias no país. Com o aumento dos custos operacionais, a regulamentação do setor se tornou indispensável para evitar preços abusivos e garantir a sustentabilidade das operações logísticas.

A tabela de frete é um dos mecanismos mais importantes para assegurar equilíbrio entre transportadoras, caminhoneiros autônomos e empresas que contratam serviços de transporte. Criada para garantir um piso mínimo de cobrança, ela estabelece regras fundamentais para o funcionamento do setor.

Para 2025, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) já anunciou mudanças na tabela de frete, o que pode impactar significativamente os custos logísticos. Empresas que dependem do transporte rodoviário precisam se preparar para esses ajustes e buscar estratégias para manter a rentabilidade sem infringir a legislação.

Dessa forma, nesse conteúdo traremos uma visão completa sobre como funciona a tabela de frete, os fatores que influenciam seu cálculo, as principais mudanças previstas para 2025 e como otimizar a gestão de frete para reduzir custos e garantir eficiência operacional.

O que é a tabela de frete e qual sua finalidade?

A tabela de frete foi implementada no Brasil para garantir valores mínimos para o transporte rodoviário de cargas, evitando que caminhoneiros e transportadoras operem com preços abaixo dos custos operacionais.

Por que a tabela de frete foi criada?

A greve dos caminhoneiros de 2018 evidenciou os desafios enfrentados pelo setor, principalmente devido à alta no preço do diesel e aos valores baixos praticados pelos embarcadores. Como solução, o governo sancionou a Lei n.º 13.703/2018, que tornou obrigatória a fixação de pisos mínimos para o transporte rodoviário de cargas.

Os principais objetivos da tabela de frete são:

• Garantir preços justos para caminhoneiros e transportadoras;
• Evitar concorrência desleal e guerra de preços no setor;
• Assegurar previsibilidade de custos para empresas que contratam serviços de transporte;
• Reduzir a dependência de negociações individuais, padronizando valores mínimos para cada tipo de carga.

Desde então, a ANTT revisa regularmente a tabela para acompanhar variações de mercado, especialmente o preço do combustível.

Como a tabela de frete é regulamentada pela ANTT?

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) é o órgão responsável pela definição e fiscalização da tabela de frete, garantindo que os valores mínimos sejam respeitados.

Principais fatores que influenciam o cálculo do frete

A tabela de frete leva em consideração diversos fatores que afetam diretamente os custos do transporte rodoviário. Entre os principais elementos que compõem o cálculo estão:

1. Tipo de carga – Cargas secas, frigorificadas, perigosas, granel sólido ou líquido exigem diferentes estruturas de transporte;
2. Distância percorrida – O consumo de combustível e o desgaste do veículo variam conforme a quilometragem rodada;
3. Peso e volume da carga – Quanto maior o peso da mercadoria, maior o custo do frete;
4. Custos operacionais – Manutenção do caminhão, pedágios, tributos, taxas administrativas e seguros.

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O descumprimento da tabela pode gerar multas e penalidades para embarcadores e transportadoras, além de riscos trabalhistas.

Mudanças previstas para 2025

As mudanças na tabela de frete para 2025 incluem atualizações nos cálculos e maior rigor na fiscalização, com penalidades mais severas para quem descumprir as regras.

• Reajustes nos valores mínimos considerando inflação e oscilações no preço do diesel;
• Inclusão de novos custos operacionais, como investimentos em tecnologia e segurança;
• Revisão dos modelos de cálculo, tornando os preços mais dinâmicos e adaptados ao mercado;
• Fiscalização mais rigorosa, com maior controle sobre embarcadores e transportadoras.

Transportadoras e empresas que dependem do transporte rodoviário precisam se antecipar a essas mudanças para evitar impactos negativos em suas operações.

Como elaborar uma tabela de frete eficiente?

Uma tabela de frete bem estruturada permite uma melhor previsibilidade de custos e evita surpresas financeiras para transportadores e embarcadores.

1. Definir os custos fixos e variáveis: manutenção, seguros, tributos, pedágios e consumo de combustível devem ser considerados;
2. Calcular o custo por quilômetro rodado: quanto maior a distância percorrida, maior o impacto nos gastos;
3. Levar em conta o tipo de carga:mercadorias mais sensíveis exigem estruturas específicas, aumentando os custos;
4. Utilizar ferramentas tecnológicas: softwares de gestão de frete ajudam a automatizar cálculos e garantir conformidade com a ANTT.

Empresas que seguem uma estrutura clara na tabela de frete evitam prejuízos e garantem que seus preços sejam competitivos.

Quais itens devem ser considerados na tabela de frete?

A tabela de frete deve abranger todos os custos envolvidos na operação de transporte. Os principais itens que não podem ser ignorados são:

• Classificação da carga: Tipo de produto transportado e suas especificações;
• Distância entre origem e destino: Importante para calcular o consumo de combustível;
• Custos logísticos: Manutenção do caminhão, seguros, taxas administrativas;
• Valor do frete por quilômetro rodado: Essencial para garantir rentabilidade.

A análise desses fatores permite que transportadoras e empresas estabeleçam preços justos e compatíveis com o mercado.

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Redução de custos logísticos com a tabela de frete

A correta aplicação da tabela de frete pode resultar em economia para empresas e transportadoras. Algumas estratégias eficazes incluem:

• Otimização de rotas: Reduzir quilometragem percorrida evita gastos desnecessários;
• Monitoramento de custos operacionais: Analisar periodicamente os gastos permite ajustes estratégicos;
• Uso de tecnologias de gestão: Softwares de logística automatizam processos e reduzem erros no cálculo do frete.

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Empresas que investem em gestão de frete conseguem reduzir custos sem comprometer a qualidade do serviço.

Considerações sobre tabela de frete

A tabela de frete desempenha um papel essencial na previsibilidade dos custos logísticos e na sustentabilidade do transporte rodoviário no Brasil. Ao estabelecer valores mínimos para os serviços, ela evita a prática de preços abaixo do custo operacional, protegendo tanto os transportadores quanto as empresas que dependem dessa modalidade de transporte. 

Além disso, sua aplicação correta contribui para a redução de disputas comerciais, garantindo maior estabilidade no setor.

Para 2025, com as novas regulamentações da ANTT, a adoção de estratégias inteligentes e o uso de tecnologias de gestão de frete se tornam ainda mais essenciais para que transportadoras e embarcadores possam operar de forma eficiente e competitiva.

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