Inteligência Artificial: impacto ético, no trabalho e na sociedade - uMov.me

Inteligência Artificial: como ela impacta a ética, o trabalho e toda a sociedade atual

Entende-se por Inteligência Artificial toda a inteligência similar à humana reproduzida por máquinas. É uma área que diariamente e cada vez mais impacta a vida das pessoas.

Experts como Alan Turing, Thomas Flowers, Marvin Minsky, Herbert Simon há muitas décadas deram não só os primeiros passos como levaram a Inteligência Artificial à um novo patamar.

Se lembrarmos de 2012, por exemplo, coisas como timeline do Facebook e crowdfunding (a popular “vaquinha” virtual) eram novidades. Em um curto período de tempo, eles já estão totalmente assimilados à nossa vida e nem percebemos.

Quem fez esta reflexão foi Luis Lamb, pró-reitor de pesquisas da UFRGS. Na uMov.me Arena, ele palestrou com o tema AI, Hypes, Hopes: Science Business And Ethics.

E é exatamente sobre isso que este artigo aborda. Saiba como a Inteligência Artificial vem impactando as relações de trabalho que conhecemos, além das consequências éticas e políticas do avanço da IA como inovação para a sociedade.

Boa leitura!

A Inteligência Artificial e as relações de trabalho

A aplicação cada vez mais contínua e ampla da IA em todos os setores da economia irá gerar um impacto ainda maior do que o atual no mercado de trabalho que conhecemos hoje.

Segundo Lamb, no EUA já há amplas pesquisas de algumas profissões que, por exemplo, podem simplesmente desaparecer.

“Certamente haverá um impacto importante em relação ao trabalho para todo mundo. Há estudos no EUA de que a profissão de caminhoneiro, por exemplo, em um futuro muito próximo, pode simplesmente deixar de existir, sendo substituído pela IA”, afirmou.

Por isso, em um tempo não muito distante, essa pode ser uma preocupação recorrente das nações que mais empregam a Inteligência Artificial em setores da economia.

“Então, se isso acontecer em massa, qual seria a saída? Programas de renda mínima? Como será a adaptação e quais as consequências?”, indagou.

Mudanças e preocupações

O impacto nas relações do trabalho e na economia mudaram, até mesmo, a hierarquia das empresas mais valiosas do mundo.

Isso porque, os países já viram e estão vendo a importância do aprendizado de máquina e da transformação digital. A sociedade usa muita tecnologia no dia a dia sem, muitas vezes, perceber.

“Empresas com patrimônio material, como minerais, por exemplo, perderam espaço e valor para empresas de tecnologia que tem como patrimônio pessoas. Isso muda a natureza do trabalho”, destacou.

Até por esta razão, governantes estão preocupados pelo monopólio do conhecimento dos três países que mais investem em AI no mundo inteiro: EUA, Inglaterra e China, onde o capital para a área é abundante e o contexto propício para a inovação e os negócios.

“A concentração de capital intelectual nestes locais podem gerar conflitos sofisticados. Isso altera a forma como o mundo gera valor e conhecimento”, alertou.

“Por isso cada vez mais há organizações falando que o monopólio destes lugares. Muitas empresas que hoje são enormes nasceram em ambientes muito propícios, inclusive, no âmbito fiscal”, emendou.

IA e ética: é preciso ter muito mais atenção

O avanço da tecnologia é, sim, muito importante para todos os setores da sociedade. Investir em pesquisa, em qualificação técnica da mão de obra é essencial.

Porém, um valor importantíssimo não pode mais ser negligenciado, já na formação dos profissionais da área: a ética.

“Os profissionais não podem ser mais técnicos apenas. A ética é realmente cada vez mais relevante. A preocupação na construção de carros autônomos é válida. Mas, as consequências éticas e culturais disso não podem ser ignoradas”, apontou.

“É preciso que haja formação em ética dentro das universidades, pois é de lá que a inovação sai”, complementou.

A preocupação com este fator precisa ser de todos. É preciso haver um senso comum acerca do que pode acontecer.

“A questão ética é, ainda, muito importante quando falamos de Inteligência Artificial”, destaco Lamb.

“Veja bem. Nós ‘aceitamos’ nos envolver em um acidente de carro onde dois humanos estão guiando, certo? É comum isso acontecer. Mas, do ponto de vista ético, legal, como será quando houver uma colisão, por exemplo, entre um carro guiado por uma pessoa e um veículo autônomo?”, emendou.

Impacto constante

A influência da inteligência de máquina vai muito além do que conseguimos listar de cabeça. Há papel decisivo dela em diversas áreas da nossa vida como, ultimamente, a política.

“Impacto cada vez maior sobre a atividade humana, afinal, trata-se de um mercado gradativamente agressivo, tanto que impacta até mesmo na política, em eleições”, comentou Lamb.

O combate às chamadas fake news é, na sua visão, um dos desafios que a Inteligência Artificial tem pela frente.

“Há cada vez mais estudos e análises sobre isso. É, sim, uma preocupação global. Até porque, as redes sociais são um reflexo da vida real. As pessoas são, lá, o que elas verdadeiramente são como seres humanos”, destacou.

Arregaçar as mangas: há ainda muito a se fazer

Por falar em desafios, apesar da tecnologia estar presente em praticamente todos os lugares que frequentamos, ainda há um longo caminho a ser percorrido para que o aprendizado de máquina seja melhorado.

“Falta raciocínio, senso comum e também adaptabilidade. São coisas que o ser humano faz naturalmente. Ele consegue perceber como o ambiente funciona, adapta-se e tem a capacidade de criar algo, então, a partir disso”, destacou Lamb.

A medicina traz um exemplo que ilustra bem a fala acima.

“Existe o diagnóstico por imagem na medicina. Mas a IA ainda não é confiável para dar ao paciente, por exemplo, a explicação deste diagnóstico. Ainda é necessária a presença humana para isso”, afirmou.

“A barreira do conhecimento ainda não foi vencida. A semântica ainda é limitada”, emendou.

Em relação ao que ocorre no Brasil, então, muitos mais passos precisam ser dados para o país ser um polo de inovação.

“Em comparação, os Emirados Árabes criaram o Ministério da Inteligência Artificial. Trata-se, também, de uma garantia de segurança e tecnologia para os governos. Afinal, hoje em dia, não há setor da economia que não seja impactado pela Inteligência Artificial”, destacou.

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