5 insights de Yara Senger sobre colaboração e comunidades
23rd abr 2021 | Leitura de 7 min
Selecionamos os principais insights de Yara Senger durante sua participação no uMov.me xChange, confira!
Colaborar com sua equipe de trabalho é essencial, mas você já imaginou criar um ecossistema colaborativo entre negócios concorrentes?
Isso mesmo! Essa tendência já é realidade em vários segmentos, como o setor de construção, por exemplo.
A área de Tecnologia da Informação também está praticando a colaboração entre empresas. Quem explica isso é Yara Senger, fundadora do The Developer’s Conference (TDC), o maior evento relacionado a desenvolvimento de software no Brasil.
Durante sua participação no uMov.me xChange, Yara dividiu conosco 5 insights sobre colaboração entre empresas.
Conheça Yara Senger
Yara Senger tem uma carreira com foco na indústria de software de computador, sendo fundadora do TDC o maior evento relacionado a desenvolvimento de software no Brasil e um dos maiores eventos de Comunidades de Tecnologia da América Latina e cofundadora da Arena Eventos Digitais.
Confira seus 5 insights que destacamos:
Top 5 insights de Yara Senger sobre colaboração na área de tecnologia
1) A colaboração de profissionais da área de TI
O TDC é um evento criado pela empresa de treinamentos Globalcode, no qual Yara faz parte do time de fundadores. Seu objetivo é compartilhar conhecimento sobre a tecnologia Java por meio de palestras, workshops e muito networking para empresas e profissionais da área de tecnologia da informação.
O evento existe desde 2007, passando por uma grande reinvenção em 2010: a partir desse ano as comunidades Java, Phyton, PHP, Web, Android se uniram para transformar o TDC em uma plataforma de inovação aberta.
Isso significa que o TDC se tornou um modelo de negócio de plataforma em que empresas se juntam para colaborar e criar algo para agregar valor ao negócio deles. Yara explica mais detalhes sobre o evento:
“Encontramos uma forma, não só de fazer um evento de mil pessoas, mas uma fórmula para criar uma evento que nunca se desatualiza, porque não depende do meu conhecimento totalmente limitado”.
Yara explica como a colaboração entre profissionais de empresas concorrentes entre si faz do TDC um evento “muito gostoso de se trabalhar porque é desafiador, são muitas perspectivas”. Ela complementa:
“São as pessoas que têm a visão daquele ecossistema, tem a visão do público e a gente consegue trazer colaborativamente pessoas que não estavam acostumadas a colaborar para fazer aquilo junto”.
2) TDC: um evento para a colaboração entre os participantes
Yara tem consciência do poder que o TDC tem nas mãos: unir profissionais para trabalhar em equipe, produzir algo coletivo e, assim, criar um ponto significativo em suas carreiras.
Ela afirma que um relacionamento necessita de troca e, só assim, é possível construir algo.
“Se a gente só esbarrar todo dia com a pessoa no ponto de ônibus, se não fizermos nada não teremos um relacionamento com aquela pessoa. Precisamos ter alguma forma de construção. E quando fazemos algo junto, como participar de um projeto, de todo mundo da empresa, você fica mais próximo de alguém que participou do projeto com você (…) criando um ponto na sua história”.
O TDC foi criado com o objetivo de criar um ponto na história de cada um envolvido no projeto, desde a pessoa que planeja o encontro, os coordenadores, palestrantes até para quem está participando.
“Isso eu acho interessante, que é criar algo significativo e se sentir parte daquela criação junto com o coletivo”, diz Yara.
3) O perfil dos profissionais para trabalhar em colaboração
A equipe que colabora para que o TDC seja planejado e executado precisa ter um perfil complementar entre eles para que todos contribuam para o sucesso do evento.
Yara explica a importância da diversidade no próprio staff do TDC e enfatiza que buscam diversos fatores para a coordenação do evento, porém “nem sempre conseguimos ter uma formação que tem uma representatividade de tudo (porque são apenas 3 pessoas), mas estamos sempre olhando essa complementaridade de perfis”.
Outro ponto importante é a colaboração entre pessoas com perfis diferentes. Yara diz que “pessoalmente, gosto de colaborar em ambientes aonde as pessoas tem um perfil diferente de mim, porque aí eu posso agregar valor. Se todo mundo tem um perfil meio parecido, você não tem muita geração de valor”.
4) A diversidade do TDC
De acordo com um estudo Getting to Equal 2019: Creating a Culture That Drives Innovation, diversidade e inclusão são fatores que podem gerar inovação nas empresas. E isso se aplica no TDC também.
“Olhamos a diversidade de uma maneira bem séria, queremos ter muito mais mulheres, pessoas negras, de todos os estados (…) olhamos também para o perfil das pessoas, é muito bom ter aquele coordenador que está conosco há 5 anos, mas é muito bom ter aquela pessoa que nunca coordenou que vem com um gás totalmente diferente para fazer tarefas e se organizar”, diz Yara.
Sobre diversidade, temos outro estudo para compartilhar: segundo a pesquisa da McKinsey sobre o estado da diversidade corporativa na América Latina, funcionários relatam níveis mais altos de inovação e colaboração em suas empresas com diversidade.
5) Internacionalização do TDC
Em tempos de coronavírus, criar eventos online parece ser um caminho seguro para o setor, principalmente pela possibilidade de compartilhar um conteúdo específico a vários públicos e o bom custo-benefício. Isso é o que diz o relatório “O Cenário de Eventos Virtuais”, realizado pelo Linkedin em 2021.
Porém, para Yara, essa prática já estava nos planos do TDC antes da Covid-19.
“Quando veio a pandemia, estávamos nessa trajetória, que iria ser um ano que a gente queria escalar com o TDC online, principalmente transformar a experiência dos usuários e gerar valor para os participantes, patrocinadores, etc”.
No entanto, Yara faz uma ressalva: de nada adianta um evento online totalmente paralelo ao propósito do evento presencial.
“Percebemos que muitos eventos internacionais não foram para o online ou foram para uma estratégia do online totalmente desacoplada do presencial. Ou seja, vou criar um evento de 3 semanas ou vou fazer algo que não cola mais na sua edição presencial”.
Ela destaca que o TDC manteve uma estratégia omnichannel durante a pandemia, em um formato de 2 canais ao mesmo tempo e não com 2 experiências diferentes.
“Tudo o que fizemos no online foi como uma parte que estamos desenvolvendo agora, mas que vai colar no presencial. Não são 2 eventos, duas realidades. São 2 coisas que não estão juntas agora, porque o presencial não pode acontecer”.
Sobre o uMov.me xChange
Já imaginou se todas as empresas colaborassem umas com as outras para o bem da comunidade? O projeto uMov.me xChange traz essa premissa em seu propósito, com eventos organizados pela uMov.me e abertos ao público.
Para que as pessoas tenham mais consciência da importância da colaboração no mercado de trabalho, a ideia do uMov.me xChange é compartilhar conhecimentos em diferentes segmentos.
A primeira edição do uMov.me xChange aconteceu no dia 4 de fevereiro de 2020 e reuniu personalidades de diferentes segmentos:
- André Caldas, especialista financeiro com passagens pelo Itaú Unibanco e Credit Suisse;
- Yara Senger, fundadora do The Developer’s Conference;
- Marcelo Lacerda, cofundador da Magnopus e de empresas como Terra Networks, Agência F.biz e Blue Interactive Telecom.
Leia mais sobre o evento clicando aqui
Quer conferir na íntegra a participação de Yara Senger no uMov.me xChange? Clique no botão abaixo!
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